Será que ainda existe espaço para a Poesia, no meio de tanta bobagem, besteira e absurdos, deixar que um matungo ainda digite palavras doces suaves ou torpes.
Penso que não. Que a poesia já morreu, que o que temos são vultos de triste surto de melancolia, que as tardes de outono que a geada fria, já não nos toca nem em nostalgia. Somos pedras que as águas levam como o concreto que já vem chegando ao chão deste cemitério gigante que virou nosso rincão.
Nem lágrimas, nem pesar algo que nem fica no ar, ou da tempo para uma resposta, na caminhada cega destes dias, qualquer traço de covardia é visto quando um se cala em frente a sua primeira derrota.
"...é triste matear solito..." Jayme Caetano Braun
http://www.youtube.com/watch?v=lYDNlbbrvZU
17 de jun. de 2011
Cinzas cinza
Em algum lugar da claridade
se encontra o cinza
De longe avisto o tom
sobreposto ao seu rosto
Em sombras indefiníveis
e que meu riso escondem
Carregam consigo esse abrigo
as vestes e disfarçam o monge
Vou de um lugar a outro
mas não desisto de procurar a fonte...
Sob a chuva navega a trilha de todo o cinza pintado pelo vento, ali está a trista lida de um ente por tantos esperado e por quantos maldados de medo e espanto, só por ter em seu ventre a brisa de todos os anos.
se encontra o cinza
De longe avisto o tom
sobreposto ao seu rosto
Em sombras indefiníveis
e que meu riso escondem
Carregam consigo esse abrigo
as vestes e disfarçam o monge
Vou de um lugar a outro
mas não desisto de procurar a fonte...
Sob a chuva navega a trilha de todo o cinza pintado pelo vento, ali está a trista lida de um ente por tantos esperado e por quantos maldados de medo e espanto, só por ter em seu ventre a brisa de todos os anos.
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