29 de out. de 2013
Pena e tinta
Essas letras caem como pedras no mar, chegam a borrar as folhas espalhando a tinta como a gota espalha a água
Derramam em meus versos tuas dores porque nada sinto a não ser isto que é mais que vontade e desejo, essa inquietude desordenada captada vezes por cordas, vezes por paredes de bar.
Restando a parede que não pode se defender guardar os espasmos de sentidos.
Tu, folha de papel, deste velho caderno chamado vida.
21 de out. de 2013
Luas de Outubro
Sombras de amores cantados
Vivo em meio as sombras e elas são tantas entre Jamelão e Caymmi
Lupi me inveja e tem pena pois não sobrou uma letra pro meu poema
Vinicius lembrou de mim, Caetano me fadiga, mas Chico me acalma
Não tem Benjor nem Tim Maia que me sossegue, quero mesmo
é zombar com a Cássia Eller e sambar like Jagger
17 de out. de 2013
old habits die hard
Quem terá a memória do mundo?
Acho que a única cena do filme Alfie que não vivi foi a da gravidez da mulher do amigo.
Isto posto, quero dizer que erramos demais e acreditamos no erro
Demora um certo tempo para muitos de nós captarmos a idéia
De vida a um a dois a três a todos
Muito apelo moral da família e da sociedade que formou opinião,
Mas a ética se olharmos para Roma também serpenteou
Nessa chamada evolução, prefiro chamar de evolução da mídia
Da informação e do fim da privacidade.
O termo privacidade está carente de definição e a liberdade não existe literalmente.
Muitas palavras perderam sentido neste diapasão porque nossa percepção
Mudou tão rapidamente que é melhor nem falar no assunto
Continuamos na superfície de um mundo movediço nossa confiança está
Guardada pelas nuvens. Servidores por quanto tempo.
A vida simples deve voltar em breve, alguém ou todos nós desligará da tomada e teremos
Apenas o tempo da bateria descarregando lentamente enquanto outro alguém
Vai La fora buscar lenha
9 de out. de 2013
Temporada 1980 1990
Lembrei da visão do cheiro e do som
De quando nos verões de minha infância
Entrava na sede campestre no clube internacional
De cruz Alta, o caminho de terra que dava nas
várias cadeiras espalhadas em frente ao restaurante.
Da música sempre alegre, o pop do momento, 1988.
O cheiro de bronzeador, a galera jogando vôlei,
a cor azul das piscinas refletindo o sol e queimando os pés.
Os chinelos na beira do chuveiro, algumas vezes você não achava o seu...
então a cada final de semana todos acabavam trocando de par, mas
alguns ficavam sem.
A cueca-virada, os banhos de sol e muita diversão.
Dar mortal na borda ou procurar pedras no fundo
Pouca roupa, pouco álcool e muitas miradas....
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