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10 de fev. de 2019

Só corro

Enquanto a multidão só corre ninguém te socorre
O passo apertado tranca a circulação na batida  a mão é única  mas ninguém cumpre e o  ziguezague
Período perpétuo  e perene
Vias viés  e vai e vem
Frases de janela  de coletivos  de lugar único assento.
Carteiras vazias bancos escolares sem lucro sem porta nem luz.
Luxo trocado em pentes lotados pólvora e fogo na mão sem caneta.
Volume no máximo no som desligado só pra fingir concentrado e trocar  uns trocados versos pela boca.
Forma antiga de floreira galanteio se foi com o cobrador na catraca digital.
Janelas cerradas o ar faz mal ataque de humanidade quando perguntam a idade de um idoso quieto.

  • Foto no jaleco do hospital de lunáticos curando erráticos com falta de sono e  mais um outono se avizinha e as janelas cerram sem sutiã um calcinha só há telas e ervas daninhas no para peito do difícil ego escorreito tédio no eixo da viga.

5 de fev. de 2019

Tempero

Não é o que o tempo faz nem como ele passa.  E sim o que você faz  dele
No que você passa com ele e o que ele provoca na vida e se você o conta no relógio ou no calendário  nas luas ou posições de estrelas
No nascer do sol  ou na primeira  chuva da estação
Nos  primeiros passos de uma  criança na bicicleta sem rodinha  na semelhança  da rebeldia  nas decisões tomadas pelos filhosnos natais sozinho  nas festas.  Nos aniversários de estranhos  nos velórios de vizinhos.
Tudo nas novas lentes  a vista cansada o tempo  já não planeja.  Sopra a folha escondendo  as  rachaduras  das calçadas  o portão com corrente e o cadeado que não protege do tempo perdido.