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26 de dez. de 2011

2011 não acabou

De quantas chances a vida é feita?
Quantas escolhas nos restam,
quantas frases não lidas o sentido desfez ao esperar a leitura?
Perguntas recorrentes em tempos de cólera crises ou apenas o fim de mais um ano.
Filmes, fatos e fotos ludibriam os corações rochosos os espinhos maldosos que não perdoam a sombra e perfuram as pétalas desprotegidas já caídas no chão.
Aqui jazz minhas esperanças, aqui jazz meus sonhos.
Meu único império pede mais uma vida para soprar o vento de volta em um barco ancorado e perdido. Os ventos chegaram de todos os lados, a direção ficou sem leme as velas sem mastro e o que restou foi a cor do mar refletindo meus espelhos  cegos e meus copos no chão. Corpo que calo inerte, mas que pulsa mais que um vulcão no último suspiro na avalanche que a vida faz quando teima em renascer.

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